23 de dezembro de 2021

 


UM, DÓ, LI, TÁ - M.J. ARLIDGE



Sinto que caí numa armadilha e que já não há nada a fazer. Parece que a série de Helen Grace já vai longa e pronta para continuar. Viro a contracapa e encontro-lhe mais oito livros. A partir daqui é tratar de ler a série da melhor maneira possível!

Um, dó, li, tá, é um jogo de escolhas. Pares raptados por uma misteriosa mulher que os deixa encurralados num local onde não podem fugir. Sem água, sem comida, sem privacidade. Apenas com uma pistola e um recado. Se queres viver, mata.
É uma metáfora para o verdadeiro motivo dos crimes. Esta construção é soberba.

A condição humana e o nosso instinto de sobrevivência só se demonstram em situações extremas. A maneira como os raptados se revelam é outra das particularidades deste livro.
Eles estão completamente expostos e apenas tem uma única escolha. Matar ou morrer. 
Alguns demostram capacidade para mais do que isso. Há sempre os que se sacrificam pelos outros.
Outra coisa interessante é a fragilidade. Este livro também fala de vulnerabilidade. Do cidadão comum, mas também da própria Helen Grace.
Ela é uma inspetora que sobe a pulso com uma aura de inabalável. Só, distante e fria. Porventura até calculista. Não alimenta muitas paixões entre os seus, mas ela é a mais frágil de todos.
Pior do que isso, ela é o alvo principal desta história.
E isso é que torna esta Helen Grace e quem sabe os próximos livros tão interessantes.


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