AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL - STEPHEN CHBOSKY
"nunca estamos sozinhos"
Admito que tinha altas expectativas sobre este livro.
Gostei particularmente da maneira como foi escrito. São uma série de cartas que o Charlie - personagem principal - escreve e envia a alguém desconhecido.
São estas cartas que nos mostram um miúdo sensível e que se debate com vários dos desafios da nossa vida.
O principal. Atravessar a adolescência.
São cartas sinceras e originais que tocam e comovem na sua leitura.
A escrita é muito simples, e a história em si, também.
O desfiar do primeiro ano do secundário deste miúdo de quinze anos que tem problemas de ansiedade e ataques de pânico.
Ele conta-nos tudo, muito devagarinho. Fala do seu primeiro amor, dos amigos mais velhos, das drogas e do álcool, e fala da família.
É curioso a forma como fala da família. A delicadeza e generosidade que ele demonstra ter com todos. Nada próprio de um miúdo de quinze anos.
É bastante audacioso o livro neste aspeto dos relacionamentos.
O livro, contudo começou a mostrar-se morno e admito que foi dificil acabar de o ler. Teve momentos em que a história pouco evoluía.
Senti uma grande urgência em terminar o livro, não porque me agradava particularmente mas porque cada vez sentia que não havia mais nada para ser dito.
A ambiguidade da personagem Sam, deixou-me também um pouco confusa.
Não quero contudo desprezar-lho de todo. Provavelmente teria tido mais capacidade de gostar dele se o tivesse lido quando tinha 15 anos.
Não deixa de ser um livro sensível, escrito de uma forma original e com belíssimas referências a livros e a músicas.
Fez uma linda playlist as referências musicais incluídas no livro. Para não falar das referências literárias. A música Asleep dos The Smiths já tocou vezes e vezes sem conta
Tem pelo menos duas frases inesquecíveis. E como vocês sabem que eu gosto de frases aqui estão elas;
"...nós aceitamos o amor que achamos que merecemos."
"Morreria por ti. Mas não vou viver por ti."
Obrigada pela partilha. Gostei muito da musica.
ResponderEliminarÉ! Também gostei!
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