O HOMEM AUSENTE - HJORTH & ROSENFELDT
Vou confessar-vos uma coisa. Esta série sobre Sebastian Bergman tramou-me.
Eu pensei que podia safar-me, que tinha conseguido ser minimamente esperta, mas não consegui.
E agora que tenho todos os livros na estante, que tinha o mês organizado com leituras diferentes, acabo O Homem Ausente e não consigo ver nada há minha frente.
A seguir virá A Menina Silenciosa. Não é que eu queira, mas não tenho escolha. Não tenho mesmo escolha!
Este terceiro livro da série Sebastian Bergman é surpreendente. Não pelo caso de polícia. Nem sequer vemos a Riksmord a mexer-se muito. O caso que tem em mãos termina sem resolução.
Mas levamos com as vidas pessoais de todos eles e isso é o que dá alma ao livro.
Como quase todos ficam suspensos nas últimas páginas, as minhas opções para seguir a minha listagem programada foi por água a baixo.
É que eu tenho os livros à distancia de um esticar de braço.
Agora, ao contrário de quando terminei o segundo livro não tenho desculpa. Lembro-me de quando o terminei também me senti assim, mas não tinha mais nenhum para ler.
Aquilo que este livro nos trás é um forte impulso para ler o seguinte.
Sebastian é apenas uma personagem apagada em relação aos livros anteriores. Mal se mexe. E a verdade é que quando o faz, faz muitas asneiras. Os seus erros não serão pagos neste livro, mas acredito que nos próximos.
Torkel, Ursula, Vanja, Billy e Sebastian fazem parte da conhecida equipa Riksmord. A estes junta-se Jennifer.
Provavelmente ocupará o lugar de Vanja, que se candidatou a um lugar no FBI.
Primeiro erro de Sebastian Bergman? Intrometer-se neste assunto. Como consigo gostar dele? Como é possível ter sequer empatia por um homem egoísta, disfuncional e frio emocionalmente? Pois é! A verdade é que gosto. Mas não gosto de tudo o que ele faz.
Vanja é filha dele, mas ela não sabe. Ele pessoalmente soube-o à muito pouco tempo. Estar perto dela é um sentimento reconfortante, ao ponto de tomar o seu lugar no seu sequestro no livro anterior.
É para não perder essa sensação de proximidade, para não a perder de vista que Sebastian mexe os seus pauzinhos para que ela não seja selecionada para ir para o FBI.
Este é um ato de egoísmo. Veremos como lhe saíra caro no futuro.
É que Vanja gosta de sinceridade, e Sebastian está a criar o mesmo fosso, que os pais de Vanja criaram.
Neste livro Vanja transforma-se. A menina arrogante e perfeita profissionalmente que quase deu vontade de bater no livro anterior dá lugar uma um mulher perdida e magoada.
Descobre que o pai está implicado em fraudes fiscais quando este é preso, fica sem a possibilidade de uma carreira no FBI, e descobre que o seu pai, não é o seu pai.
Denominador comum? Sebastian Bergman.
Segundo erro de Sebastian Bergman? Ellionor.
Mulher mentalmente desequilibrada, muda-se para o apartamento de Sebastian ainda no livro anterior. Por inúmeras razões vai ficando mas Sebastian está farto. Sebastian não é homem de uma relação caseira.
Mas Ellionor não é mulher para aceitar ser rejeitada e as consequências são devastadoras.
Não para Sebastian, mas para Vanja e Ursula. As duas levam com os estilhaços desta relação doentia.
Apenas porque aproximaram-se demais de Sebastian.
Que vos posso dizer? Eu não tenho escolha e A Menina Silenciosa já segue o seu curso.
Eu não sou uma mulher forte e determinada. Se fosse A Menina Silenciosa tinha ficado na estante e estas personagens teriam de esperar.
Agora o meu mês de Julho vai ficar um bocadinho mais cumprido
Obrigada pela partilha.
ResponderEliminarObrigada Carla por estares sempre aqui
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