4 de abril de 2021

 


PRIMEIRO PERGUNTE PORQUÊ - SIMON SINEK

"Como os grandes líderes nos inspiram a fazer sempre melhor"

Não ficção não é propriamente "a minha praia", como se diz na gíria. Por norma não leio livros de não ficção com muita frequência e tem sempre tendência a ficar a meio.
Ler não ficção sem o apoio de um livro de ficção também é raro, e foi o que aconteceu com este "Primeiro Pergunte Porquê"

Comecei um curso online de estratégias no Instagram para desenvolvimento de Marca, de Dot Lung.
Uma das sua influências é este livro. Um dos concelhos de Dot Lung foi leiam o livro e depois voltamos para terminar o curso e eu assim fiz.
Levei o Março inteiro para o ler, entre leituras de ficção, entre os livros delas, nos espaços possíveis e posso dizer que não é de todo tempo perdido.

"Há os líderes e há os que lideram."
A base do livro é algo muito simples, e no caso especifico, a base para a nossa razão de trabalho. Mas também poderia ser a base para a nossa vida. Encontrar o Porquê da nossa empresa e vender essa ideia ao contrário do que fazemos com frequência que é vendermos o que fazemos e como o fazemos.
Uma questão de perspetiva, que no fundo acaba por ser a base essencial. Se conseguirmos mostrar ao mundo porque fazemos o que fazemos, porque vendemos o que vendemos, estamos a mostrar a essência daquilo que somos e queremos transmitir. Somos mais verdadeiros, somos mais transparentes e inspiramos mais confiança.

Simon Sinek ao longo do livro não se cansa de dar exemplos de empresas que adaptaram esta filosofia mas foca-se incessantemente na Apple.  
O meu primeiro Smartphone foi um Apple. O IPhone 4. Depois de anos com aquele pequeno telemóvel que cabia na palma da minha mão e que tinha tudo o que eu precisava, mudei para um IPhone 6. Como não tinha dinheiro para um novo comprei um em 2º mão. Tinha dinheiro para qualquer outra marca e novo, mas eu queria um IPhone... quando voltei a mudar de telemóvel há pouquíssimo tempo a escolha não se colocava na marca, mas no modelo. 
Consegui perceber perfeitamente a ideia que Simon Sinek tenta transmitir em todo o livro dando como exemplo a Apple, porque eu vivo essa filosofia. Se sei explicar porque a preferência? Acho que ninguém consegue. Também sei ver características de telemóveis, que por acaso também vendo e sei que existem modelos e marcas com características superiores. Então porquê a Apple? 
Porque a Apple sabe transmitir o PORQUÊ da sua existência.
Se analisarmos chegamos à conclusão que é o exemplo perfeito para compreendermos este conceito.
Simon Sinek não fala da Smart, mas eu quero falar... acho outro excelente exemplo. Ter um Smart é uma filosofia, algo fora do estatuto de carro. Quando eu comprei o meu primeiro Smart há 18 anos atrás, ter um Smart era ter uma "cafeteira", um carro de senhoras que não sabiam conduzir. O meu primeiro Smart "morreu" na entrada para uma rotunda com dezoito anos acabados de fazer. A opção? Outro Smart. É apenas uma questão de filosofia. Aquilo que me define como pessoa. A parede da minha sala cheia de estantes com livros também me define como pessoa. No fundo é o PORQUÊ da minha pessoa.

"Conhecer o seu Porquê não é a única forma de ser bem-sucedido, mas é a única forma de manter um sucesso duradouro e ter uma maior combinação de inovação e flexibilidade."
Tenho o meu exemplar todo "rabiscado", com notas na lateral, com frases marcadas a lápis ou a marcador fluorescente. 
É uma perspetiva alternativa numa vida empresarial. Mas é também uma perspetiva alternativa a nós próprios como ser humanos e daquilo que queremos acreditar e deixar como legado.
Vale a pena pensar nisto como um projecto para a vida. Sim! Também de vida.
"PORQUÊ: Pouquíssimas pessoas ou empresas conseguem articular claramente o PORQUÊ de fazerem o QUE fazem. Quando eu digo o PORQUÊ, não me refiro a fazer dinheiro - esse é um resultado. Com o PORQUÊ, quero saber qual o vosso propósito, causa ou crença.
PORQUÊ motivo é que as vossa empresas existem? PORQUÊ razão é que você se levanta da cama todos os dias? E PORQUÊ motivo deve alguém importar-se." 

Se invertermos este conceito para a vida pessoal, as águas tornam-se menos turvas. Será um exercício interessante inverter este conceito para nós próprios como pessoas e para a vida que levamos. 
No fundo empresas são pessoas e feitas de pessoas.
A palavra, o clique de viragem é simples. Porquê!
A este porquê, que temos dentro de nós mas que não queremos dar-nos ao trabalho de procurar estão associados valores e princípios. Temos de os procurar também dentro de nós. Pois esses valores e esses princípios são a linha que separa a mediocridade da excelência.


1 comentário:

  1. Quando leio não ficção leio menos, arrasto mais tempo... É o que está a acontecer com Operárias e Burguesas.

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