7 de setembro de 2021

 


EXERCÍCIOS DE ESCRITA


"Escreva até ao fim. Não importa o que aconteça" Akira Kurosawa



Imagina que aquilo que eu quero dizer é triste e doloroso.

Imagina que a linha ténue da minha realidade se expande e encurta de forma grosseira.

Imagina que o lobo mau saiu das páginas do seu livro e devorou a minha estante de livros.

Faz de conta que eu estou apaixonada por essa linha e que quero falar dela aqui como uma confissão irreal e bonita.

Admite que queres falar comigo, mesmo que a linha me prenda e eu não consiga sair dessa irrealidade. Não tenho grande conversa para manter contigo.

Era só uma brincadeira, tic-tec, tic-tac…

Supõem que é para escrever até ao fim, não importa o que aconteça. Não importa onde vamos parar.

Eu admito que não tenho a mais vaga ideia onde a linha termina.

Já não sei se puxo os fios das minhas personagens ou se elas já vivem por elas.

Cisma que eu queira falar disso, e que essa conversa deixará um gosto amargo na boca. Cismas bem! Queria muito falar disso.

É que isto de repente ficou mais sério!

 



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