23 de agosto de 2020


Autores Portugueses Contemporâneos que gosto muito de ler! 

Sublinhei a palavra Contemporâneos porque este Post é dedicado exclusivamente aos que ainda podem publicar. Quis sublinhar a palavra Contemporâneos porque acredito que se não o fizesse alguns de vós iria perguntar no fim do Post, então e o José Saramago? Onde está o Fernando Pessoa? Não falou de Miguel Torga? Como é possível alguém se esquecer de Eça de Queiroz?
 Não me esqueci de nenhum deles, mas esse Post fica para outra altura!

Agora, queria mesmo falar dos Contemporâneos. Aqueles que ainda andam por aí, e que podem publicar a qualquer momento e ainda podem assistir ao lançamento dos seus livros.
Quando pensei no Post, pensei numa coisa pequenina. Iria escolher 8 a 9 autores e estava feito. Saíram 18. Peço desculpa pela maçada, mas não consegui deixar nenhum deles de fora!

P.S - A ordem a que me refiro a eles, não é de perto nem de longe a ordem da minha preferência. É apenas a ordem em que os livros e os autores foram-me aparecendo na estante (s). 




João Tordo - Não gosto de tudo de João Tordo e ainda não li nem metade das suas obras, mas tem livros que foram marcantes para mim. “O Luto de Elias Gro” é um deles, “Ensina-me a voar sobre os Telhados” é outro. Outra coisa que me fascina em João Tordo é a sua urgência na mudança, ou por outras palavras, a urgência em experimentar todos os géneros e o não ter medo de o fazer. Daí a “Noite em que o Verão” acabou (triller) lhe ter corrido muito bem, a meu ver e aquela espécie de livro de memórias, ensinamentos a quem sonha ser escritor também lhe ter corrido lindamente. Gosto muito.

Patrícia Reis - Passou-me estes anos todos despercebida. É a prova que por muito que procure, muitas vezes não passo de uma ignorante. Ainda só li um livro da escritora. "Antes de ser feliz". Mas gostei tanto que prometo que vou ler todos os outros.

 Isabel Machado - Li dois livros de Isabel Machado. Os livros são romances históricos. Um género literário que aprecio muito e que ultimamente tenho andado muito afastada. "A rainha Santa", livro sobre a Rainha Santa Isabel, mulher de D. Duarte. Uma história soberba sobre uma mulher extraordinária que foi Rainha de Portugal. O outro livro é "Constança", a história da legítima esposa e legitima Rainha de D. Pedro I, e pela primeira vez duvidei da bela história de amor entre Pedro e Inês de Castro. Ou melhor, pela primeira vez não consegui olhar Pedro e Inês apenas e só como um casal apaixonado. 

José Luís Peixoto - É uma angustia quando se lê José Luís Peixoto. É dos autores Portugueses que sigo há mais tempo. Tenho as primeiras edições de "Nenhum Olhar" e de "Uma casa na Escuridão". Mas Peixoto não é bom só aqui! Ao longo dos anos os seus livros são histórias que me encontram sempre. "Em teu Ventre", sobre os pastorinhos de Fátima e sobre a Virgem Maria, "Abraço", "Galveias", e este "Autobiografia", uma história com José Saramago lá dentro. É um livro fascinante. E Peixoto não fica atrás quando falamos de poesia. Peixoto é angustiante!

Afonso Cruz - "Para onde vão os Guarda Chuvas" é para mim a obra mais impressionante de Afonso Cruz. Foi o segundo livro que li do autor, depois de ler "Flores" que também gosto muito. É um autor que se destaca em várias áreas, e que também se aventura em literatura infantil e muito bem. "Jesus Cristo bebia Cerveja" "Principio de Karentina" também são livros a ler do escritor, mas a não perder mesmo é "Jalan, Jalan" 

David Machado - "Índice Médio de Felicidade" e "Deixem falar as pedras", são dois dos livros que mais gostei do escritor. Depois existem os infantis e esses não tenho conta dos títulos que vale a pena ler. E quando digo ler, não é só as crianças, mas também os adultos. "Índice Médio de Felicidade", foi adaptado para o cinema, e a história apesar de se centrar numa época de crise económica que Portugal viveu à alguns anos atrás não deixa de ser uma história que aos dias de hoje é perfeitamente realista.

Ricardo Fonseca Mota - Só li "Fredo" do autor. Mas "Fredo", bastou! É um livro poderoso... com uma história que eu acho que toda a gente que gostaria um dia de escrever, sonha conseguir escrever.
  

Dulce Maria Cardoso - Quem ainda não leu "Eliete" e principalmente de for mulher que leia. "Eliete", "Eliete", uma história notável, mas para mulheres. Também já li " O Retorno" que achei muito bom, mas não tem o peso de "Eliete".

Nuno Camarneiro – “Debaixo de algum céu”, foi o único livro que li deste escritor… aparentemente lembra “Clarabóia” de José Saramago. Quando digo lembra, refiro-me ao enredo do livro. Quanto á escrita é bastante suave e deixa-nos um rasto de tranquilidade. Uns angustiam-nos, outros tranquilizam-nos.







Sónia Louro - Os livros de Sónia Louro são biografias contadas de figuras portuguesas. Amália Rodrigues, Eça de Queiroz, Fernando Pessoa, Eusébio... Com a Sónia Louro consegui amar Amália e amar Fernando Pessoa. Duas personagens portuguesas que me eram muito dúbias e que hoje tenho uma admiração profunda.
  
Joel Neto - Ainda só li o primeiro livro de memórias "A vida no Campo". Confesso que tem sido constantemente preterido por outros títulos e outros autores e por vezes desmerecida mente, porque Joel Neto e muito bom no que escreve, e "A vida no Campo" é um livro delicioso. Haja tempo, para ler tudo o resto de Joel Neto.

Nuno Nepomuceno – Deste escritor ainda só li “A morte do Papa”, e dentro do género literário onde se enquadra, considero que é muito bom, muito bom mesmo. Temos poucos escritores portugueses a desafiar o estilo de “Triller”, e em comparação com escritores estrangeiros que vendem milhares de exemplares não acho que o Nuno lhes fique nada atrás. A diferença é que Portugal é pequeno, mas mesmo assim os nossos escritores não o são.

Valter Hugo Mãe – A minha relação com Valter Hugo Mãe é bastante difícil. “ A Desumanização” é um dos meus livros preferidos, e “ As mais belas histórias do mundo” também, mas em compensação não gostei muito de “O nosso reino”, e nem consegui acabar “Homens imprudentemente poéticos”. Por isso encontro-me no limbo com o Valter Mãe.
  
Ricardo Correia – “O Regresso do Desejado”, é uma trilogia do género Romance Histórico. Os dois primeiros volumes já estão editados e o terceiro sairá em Setembro.
O tema é a possibilidade de D. Sebastião não ter morrido ou desaparecido em África e aquilo que Portugal poderia ter sido se isso tivesse acontecido. É tudo imaginação, mas uma imaginação muito, muito boa, e está tão bem escrito, que deu por mim a desejar verdadeiramente que tudo aquilo tivesse acontecido.

Miguel Esteves Cardoso – O primeiro livro que comprei com o meu primeiro ordenado foi um livro de Miguel Esteves Cardoso. A minha primeira compra com o meu primeiro dinheiro. Na altura o livro “O Amor é fodido”, tornou-se um drama. Não gosto de dizer asneiras e na livraria onde fui o livro já não estava em exposição, pelo que tive que pedir. Para dar a volta á questão, pedi o livro de Miguel Esteves Cardoso e corei da ponta dos cabelos à ponta dos pés. É um defeito meu. O livro é tremendo, e já o li duas vezes. É o velhinho lá da estante. Já não leio Miguel Esteves Cardoso à muito tempo. Já tenho saudades.

Inês Pedrosa – Também uma escritora que já não leio há muito tempo, mas que ultimamente também não tem editado. “Fazes-me falta”, e “Fica comigo esta noite”, são dois livros da escritora incontornáveis.

José Tolentino Mendonça – Com José Tolentino descobri outra forma de olhar para Deus. É o primeiro escritor de Teologia que descobri e em relação a ele, não vou fazer referência a nenhum livro em especial porque todos os livros são livros para ler. Quer se acredite em Deus ou nem por isso, o caminho que percorre ilumina, e eu descubro verdadeiros tesouros dentro dos seus livros.

Tiago Cavaco – “Milagres no Coração” e “Seis sermões contra a preguiça”, são os únicos livros do escritor que estão disponíveis para compra. Mais uma vez quer acreditem em Deus ou não, leiam! Não se vão arrepender!






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