A verdade sobre o Caso Harry Quebert - Joel Dicker
Tenho muitos livros com frases sublinhadas. Frases que me inspiram e que quero deixar marcadas para o futuro. Quando volto a pegar naquele livro, já sei o que verdadeiramente me cativou, está marcado!
No caso deste livro até coloquei marcadores autocolantes de livros para assinalar certas páginas.
Quem pegar no livro na minha prateleira irá dizer que é um dos meus favoritos. Mas engana-se.
Já à algum tempo que ando para comprar um livro de Joel Dicker. Afinal toda a gente fala dele e o número de exemplares vendidos por cada livro tem zeros que nunca mais acaba.
Conclui a minha primeira escolha neste livro. A sinopse era interessante e prometia que seria uma leitura, daquelas viciantes que se engolem num fim de semana porque não se consegue largar o livro.
Mas não foi bem assim! Foi mais ou menos!
Não me interpretem mal, considero o livro muito bem escrito e a história está muito bem trabalhada. Aquilo que é agora, mais à frente deixa de ser. Nas mais de 600 páginas todas as personagens foram em algum ponto passíveis de suspeita. E isso, que é estimulador, para mim, tronou-se demasiado cansativo.
Houve uma altura em que suspeitei do próprio Harry Quebert.
Mas é sem dúvida uma história absorvente e apesar de não ter lido o livro de uma forma tão fulgurante (pois as primeiras 200 páginas são um pouco desestimulastes), como pensava, posso dizer que tive uma leitura compulsiva nos últimos dois dias.
Não nos limitamos a um triller, mas também a uma história de amor proibida entre um escritor, homem feito e uma garota de 15 anos.
Descobrimos até várias histórias de amor em torno daquela menina de 15 anos. Nola.
Cheguei ao fim do livro sem conseguir ter um sentimento de empatia com a personagem Nola, e acho que a minha pequena desilusão com o livro chama-se Nola.
Não consegui compreender Nola, nem nos seus atos, nem nos seus sentimentos, e apenas no fim quando me foi revelado a principal causa da sua morte tive um leve carinho por ela.
Nola deveria ser uma personagem completa e inesquecível, mas na minha opinião é retratada sempre de uma forma superficial e aquilo que Nola acreditava, pensava, sentia ficou por contar neste livro. Assumo até como defeito meu, mas não consegui alcançar Nola.
Não retiro o valor nem a brilhante história contada por Joel Dicker. É sem dúvida um triller denso, daqueles difíceis de interpretar e de levar a cabo até ao fim. Com muitas suspeitas e muitas reviravoltas. As minhas suspeitas tiveram sempre erradas. Apenas nunca me enganei numa coisa, nunca acreditei na culpa de Caleb.
Quero ler mais livros de Joel Dicker, sem dúvida. Não nos facilita a vida e isso é bom, muito bom. A minha única frustração chama-se Nola. Só consegui gostar dela pelos olhos dos outros.
E depois existem as 31 lições de Harry Quebert;
28.
"A vida é uma longa queda, Marcus. O mais importante é saber cair."
25
"A liberdade é uma luta permanente da qual temos pouca consciência. Nunca me resignarei."
21
"-Marcus, sabe qual é o único meio de avaliar o quanto ama uma pessoa?
-Não.
- É perdê-la."
12
"Aprenda a apreciar as derrotas, Marcus, pois são elas que o edificarão. São as derrotas que conferem todo o sabor ás vitórias."
7
"Alimente o amor, Marcus. Faça dele a sua mais bela conquista, a sua única ambição."
4
"- Quando chegar ao fim do livro, Marcus ofereça ao leitor um facto inesperado.
-Porquê?
-Porquê? Porque temos de manter o leitor em suspenso até ao fim. É como quando joga às cartas: deve guardar alguns trunfos para o fim."
1
"O último capitulo de um livro, Marcus, deve ser sempre o mais extraordinário."
Olá. Já nos cruzámos por aí. Não consigo entender por que é que uma pessoa que escreve razoavelmente, não consegue distinguir entre "Já à algum tempo que ando para comprar um livro de Joel Dicker" e " já há..., " de haver, existir. O que está realmente escrito e a contracção da Proposição Simples a, com o a, artigo feminino do singular,"à" como aprendi no meu tempo. De resto, gostei, Livrista
ResponderEliminarObrigada Gabriela. De facto o comentário que faz e muito bem, tem sido sempre o meu "calcanhar de Aquiles". Vira e mexe lá me engano. Prometo que vou estar mais atenta.
ResponderEliminarBeijinhos Gabriela e ainda bem que gostou.