1 de janeiro de 2021

 

PÁSSAROS FERIDOS - COLLEEN MCCULLOUGH



Tenho este livro na minha estante de livros desde 2008. Doze anos!
Comprei-o naquelas promoções da Revista Sábado, e faz parte da coleção "Biblioteca Sábado" 
Já tem as páginas um pouco amarelinhas e a letra é tão miudinha que ao lê-lo parece que estou a atravessar um labirinto de letrinhas.

Este título é de certo modo familiar. Bastante até. Lembro-me de ser garota e passar na TV a série baseada no livro.
Do conteúdo da série propriamente dita já não tenho grandes recordações mas tenho bem presente a personagem do Padre e de Meggie.
Meggie e Ralph. Como diz a sinopse do livro;
"Esta é a tortuosa história de dois pássaros feridos: a vida de Ralph de Bricassart, um ambicioso sacerdote católico com o coração dividido entre o seu amor espiritual a Deus e pela carreira eclesiástica e a sua irrefreável paixão terrena pela sua jovem paroquiana Meggie Carson."

Por ser um livro que esperou pacientemente na estante pela sua vez, pela recordação antiga de algo que vi na TV, e por muito provavelmente ser a última leitura do ano, farei novamente um diário de leitura, ou uma espécie dele.

(1915-1917 Meggie)

1915 é quando começa a história. Conseguem-se imaginar em 1915? Vamos fazer um esforço!
"Os rapazes eram diferentes; eram milagres, homens formados pelas artes de alquimia no seu corpo de mulher. Era duro não ter ninguém para ajudar em casa, mas valia a pena. Entre os seus pares, os filhos varões de Paddy representavam a melhor recomendação de carácter que ele possuía. O homem que gera filhos varões é um homem de verdade." 
É dificil este esforço não é? Confesso que quando li este excerto foi complicado para mim assimilar, mas estamos em 2020, e a história inicia-se em 1915, com uma diferença superior a 100 anos. Quase tudo que acreditamos e desenvolvemos hoje não existia nessa altura.
E aquilo que salta à vista é precisamente esse disparidade entre a sociedade atual como a conhecemos hoje na maioria dos casos, e esta forma de viver e pensar à 100 anos atrás. 
Uma família do meio rural, sem terras, com muitos filhos, e apenas com uma menina, Meggie, e em que as posições de cada um estão bem vincadas. 
Em casa é sitio das mulheres, os homens não ajudam. Todos tem as suas tarefas, todos tem de trabalhar e o trabalho está acima do estudo e principalmente acima da brincadeira.
Eu disse que se tinha de fazer um esforço, não disse!
Meggie foi à escola e a sua primeira experiência escolar não é lá muito gratificante. Nos dias de hoje, até se poderia considerar bastante traumática, mas naquele tempo havia que aguentar!
Para o seu irmão mais velho, Frank, aparentemente compreensivo e terno é tudo uma questão de dinheiro e poder e revela-se nele uma leve centelha de ódio e desilusão.
Esforço e desencanto. Nesta altura Meggie aprendeu essencialmente o esforço e o desencanto. Na escola o "bode expiatório" da Freira Agatha, que a martirizava, recriminava e ridicularizava. Impossível ter gosto para aprender assim.
As amizades perderam-se como piolhos em fuga, e Meggie era um lobo solitário num meio revoltante.
Aprende-se a crescer e Meggie começou a crescer.


(1921-1928 Ralph)

A família de Meggie muda-se para a Austrália. Viviam na Nova Zelândia e Paddy é Irlandês. A mãe de Meggie, Fee, descende de uma das grandes famílias fundadoras da Nova Zelândia.
Afinal, Paddy tem uma irmã na Austrália extremamente rica e com terras a perder de vista com cabeças de ovelhas que produzem lã.
Ela é viúva e sem filhos vivos, e decide que o melhor á chamar o seu irmão para ir apreendendo a cuidar de tudo, uma vez que tudo vai herdar.
Esta mulher não é uma boa mulher, nem sequer uma mulher afável e mantém um amor secreto pelo jovem padre Ralph.
Ralph tem nesta altura 28 anos e é suficientemente ambicioso e manipulador para não se deixar levar por esses impulsos.
Para um padre tão novo e tão belo, o seu auto controlo do corpo e da alma são indescritíveis.
É Ralph que buscar à estação a família de Paddy na sua chegada a Drogheda, e Meggie com os seus 9 anos enche o seu coração de ternura.
A história é tremendamente bem escrita. As paisagens Australianas minuciosamente descritas e as relações humanas e os sentimentos de cada um tem uma intensidade comovedora. O Padre Ralph, dedica a Meggie um cuidado espontâneo. É muito gratificante ver como o padre dedica o seu tempo a Meggie. Ele começa por ter pena dela, da sua solidão, da entrega dela á vida, da forma como ela aceita o seu destino.
É cativante presenciar diante dos nosso olhos como uma forma diferente de amor pode crescer, à parte do desejo, à parte do prazer.
"Não que ela fosse uma santa, ou mesmo algo mais que a maioria das pessoas. Só que nunca se queixava, possuía o dom - ou seria a maldição? - da aceitação. Fosse o que fosse que tivesse acontecido ou pudesse acontecer, enfrentava-o e aceitava-o, guardava-o para alimentar a fornalha do seu ser. Quem ou o que lhe ensinara isso? E seria algo que se poderia ensinar? Ou seria a ideia que ele fazia dela uma invenção das suas fantasias?"

No entanto Ralph não é um ser verdadeiramente perfeito (quem o é!) e a sua relação com Meggie, apesar de ser pura e profundamente solitária, não faz dele um santo homem.
Também ele acalenta ambições e poder, e Mary a rica irmão de Paddy, e tia de Meggie vê isso com total clareza.
À frente dos seus olhos não escapam os sentimentos de Ralph por Meggie. Aliás, Mary compreendeu primeiro do que o próprio padre quais eram profundamente os seus sentimentos, ou naquilo em que eles se estavam a transformar. Mas Mary também tem sentimentos pelo padre e o seu desprezo por Meggie são fruto do seu ciúme.
"Terei de perdê-lo para Meggie, mas teci a minha teia para que também ela não fique consigo."
Mary para infelicidade do Padre Ralph, conhece-o demasiado bem quais os seus limites e a sua ambição e estende-lhe a passadeira vermelha para o seu inferno interior.


(1929-1932 Paddy)

Preciso de saber o que vai acontecer às personagens. E nem só Meggie ou Ralph são importantes. À volta deles, temos outras personagens cujo destino, me interessam. Paddy, pai de Meggie, é sem dúvida uma das muitas grandes personagens deste livro. Homem integro, e homem que ama profundamente a sua mulher, Fee. Quanto a Fee! Fee é mais dificil de descrever. Enquanto Paddy é o que é. É fácil gostar dele. Fee é mais complicada de compreender. É uma personagem mais embaraçosa, completamente fora do seu mundo, que se resignou a uma vida, sem um único lamento, mas que se fecha dentro do seu mundo para se proteger da dor. 
Paddy assumiu a sua vida o melhor que pode e dedica à sua mulher todo o seu amor e também aos filhos. Os dois vindo de mundo tão diferentes tem um entendimento que nem precisam de falar. Está lá explicito no seu próprio olhar.
E assim, quando o testamento de Mary é tornado público os dois sentem-se perfeitamente à vontade e até aliviados por aceitá-lo tal como ele está.
Os filhos são a continuação deste pensar, pois todos eles vão na linha de pensamento dos pais. É como se todos juntos não fossem mais do que a continuação de um todo.
Hoje somos cada vez mais um individuo.
Nesse sentido o plano de Mary falha, pois acho que ela não contava com a integridade do irmão.
Os anos passam, e a família apesar de não ter herdado os bens de Mary, mantém a casa grande para si, e o lucro do trabalho da herdade. Para todos eles é mais do que suficiente.
Meggie passou a tomar conta das ovelhas e deixou os afazeres da casa. Mas sonha com o Padre Ralph e anseia pelo seu regresso.
Ele sabe que não pode voltar. Paddy, aquele homem simples e totalmente fora de contexto avisa a filha que ela terá de o esquecer. Ele é padre e será sempre padre. É curioso que seja Paddy a dar por isso.

Ás vezes é muito fácil não gostarmos de Fee, e já por duas vezes neste livro, as suas palavras em relação à condição mulher deixaram-me profundamente mulher;
"- Fee, que me diz da sua filha? Lembra-se alguma vez de que tem uma filha?
Os olhos cinzentos ergueram-se para o rosto do padre e nele pousaram, quase penalizados.
- E qual é a mulher que se lembra disso? Que é uma filha? Apenas uma lembrança do sofrimento, uma versão mais jovem de nós mesmas, que fará todas as coisas que nós fizemos, que chorará as mesmas lágrimas. Não, padre. Procuro esquecer que tenho uma filha... e, quando penso nela, é como se fosse um os meus filhos. É dos filhos que a mãe se lembra."
Bom, tentaremos enquadrar esta frase no tempo. Início do Século, a vida era o que era, e era definitivamente e profundamente diferente da nossa.
Nesta altura, porém, Fee acabava de perder o marido Paddy, apanhado no meio de um incêndio. Morreu carbonizado, aos gritos, chamando o nome da mulher. Um fim demasiado violento e trágico para um homem bom. O seu filho Stuart, o que nasceu antes de Meggie, morreu asfixiado por um javali quando encontrou o pai. Era o mais próximo dos filhos de Fee.
Quando a morte está tão perto seremos nós mesmos? Ou é lá que percebemos o que nunca quisemos perceber.


(1933-1938 - Luke)

Considero esta parte do livro profundamente reveladora. Li-a de rajada numa tarde de Domingo e descobri pela primeira vez a força de uma Meggie que se deixou de subjugar aos outros e ás suas vontades. Não sei se assim se manterá, acredito que não, mas de qualquer das formas Colleen McCullough na sua escrita dilacerante descreve nestas 88 páginas melhor as mulheres e os seus verdadeiros sentimentos.
Meggie casa com Luke, porque Luke um tosquiador que veio trabalhar para as suas terras ousou insistir um pouco mais de cada vez que Meggie lhe dizia que não. Para além disso Luke era tremendamente parecido com o Padre Ralph e Meggie considerou que ele era a melhor forma de o substituir.
No entanto Luke não precisava de mulher, precisa apenas do dinheiro de Meggie e na possibilidade de ter terras só suas. É tortuosa a mente de Luke, porque tem a possibilidade de ter tudo de uma forma simples e prática mas escolhe o caminho mais longo e mais duro. É acima de tudo um homem egoísta e visionário e parte com Meggie para longe para apanhar Cana de Açúcar e assim enriquecer.
Eu acho que ele nunca, em tempo algum olhou e viu verdadeiramente Meggie. O dinheiro que Meggie tinha funcionou apenas como a grande roda.
" - Ora, deixe-se disso, Ralph! Eu não sou a sua Meggie, e nunca fui! Você não me queira, mandou-me para ele, para Luke. Que acha que sou, uma espécie de santa, uma freira? Pois não sou, não senhor? Sou um ser humano comum, e estragou a minha vida! Durante tantos anos eu amei-o, não quis ninguém senão a si, esperei por si... tentei desesperadamente esquecê-lo, mas acabei por casar com outro homem porque se parecia um pouco consigo, e ele também não me quer, nem precisa de mim. Será pedir de mais a um homem que precise de nós e que nos ame?"
Meggie no seu imenso sofrimento ao dar à luz, conseguiu expressar toda a mágoa e tristeza que reprimiu a vida toda, tal qual a sua mãe, sem qualquer demonstração de fraqueza ou de dor.
Este é um livro tremendamente explicativo sobre a condição humana, dos nossos limites emocionais, e de como os conseguimos aguentar e controlar. O amor, o sentimento do desejo, são secundários e Meggie e Ralph fazem um jogo entre eles os dois de mais, muito mais do que simplesmente paixão e desejo.
"Sim, ele reconhecia-o, desejara-a fisicamente desde o primeiro beijo, mas o desejo nunca o atormentara tanto como o amor."
Por fim, entregam-se um ao outro e a caminho vem um filho de ambos.
Meggie precisa desse filho, e Ralph precisa de continuar o seu caminho. Meggie será decididamente uma mulher diferente daqui para a frente.
Meggie abandona Luke e volta para Drogheda.
Até aqui o tomo mais relevante, de todo o livro, desabrocha aos nossos olhos uma Meggie que até então se manteve à tona na vida que lhe correspondia. Uma existência invisível, que servia para os espaços vazios. A única filha no meio de imensos irmãos.
Não tinha proximidade, nem companheirismo, e a mãe, Fee, é a extensão da desolação.    
O casamento com Luke e a vida que ele lhe proporciona, permite a Meggie descobrir-se a si própria e esta não tem escapatória possível.
O seu amor pelo Padre Ralph é o limite das suas forças, mas sabe que nunca, nunca poderá lutar por ele.
Ele apenas pertence à Igreja, e ela Meggie será sempre, apenas e só aquela de quem ela ama.
"- Será porque te amo? Não és muito fora de comum, Meggie, e, todavia, não és nada de comum. Terei percebido isso, durante todos estes anos? Creio que sim."

(1938-1953  Fee)

Quando acabei de ler o tomo anterior, confesso que acreditei que a história não teria mais nada de interessante para contar.
Fiquei até um pouco perturbada, pois ainda faltavam muitas páginas para o fim do livro, e a espectativa de que aquilo que aí viesse fosse apenas "um encher de chouriços" era grande.
Contudo não é nada assim. É o primeiro livro que leio de Colleen McCullough. Já por diversas estive tentada a comprar um livro desta escritora, mas recuava sempre porque este "Pássaros Feridos" estava na estante à tanto tempo, e parece que nunca havia tempo para o ler. Hoje, depois de ler o que já li até agora, posso dizer que Colleen McCullough será sempre uma boa escolha.
Neste tomo, andamos um pouco em frente, a Segunda Guerra Mundial eclodiu no Mundo, a seca extrema atravessava a Austrália, os filhos de Meggie foram crescendo, unidos os dois por sentimentos diferentes. É verdade, são filhos de pais diferentes, e são efetivamente em termos de comportamento bastante diferentes.
Dos filhos de Fee, dois (os gémeos), vão à Guerra. Um pouco por vontade própria, um pouco pela ilusão da glória. Provavelmente como a maioria dos jovens que para lá foram, iludidos, iludidos.
Por sorte voltam a casa os dois, mas a inocência não voltou com eles.
Este tomo no entanto é para descobrirmos a extraordinária personagem de Fee. A mãe ausente de espirito e emoções. A mãe ausente de presença e proximidade com a sua única filha Meggie, depois do inicio das chuvas que põe fim a 10 anos de seca, reencontra na filha a capacidade e a alegria de uma conversa íntima.
É que Fee, em todo o processo, nada comenta, nada aponta. Passa pela história, assim mesmo, por passar, mas tudo vê e sente, e quando se predispõe finalmente a falar, encontramos finalmente uma mulher para admirar.
"De repente, Fee estendeu a mão, que foi pousar no joelho de Meggie, e a filha viu-a sorrir - não amarga nem desdenhosamente, mas com curiosa simpatia.
-Não me mintas, Meggie. Mente a quem quiseres, mas não me mintas a mim. Ninguém jamais me convencerá de que Luke O´Neill gerou este rapaz... Ele é a imagem do padre."
Esta conversa entre as duas, é acima de tudo reconfortante, e pela primeira vez não vejo Fee, apenas como uma simples espectadora da vida dos filhos, mas muito mais do que isso.
"- Subsistia, porém, o facto de que precisava de ti, eras-lhe necessária como nenhuma outra mulher já o fora ou, desconfio eu, virá a ser. É estranho - disse Fee com sincera perplexidade na voz. - Nunca atinei com o que ele viu em ti, mas suponho que as mães são sempre um pouco cegas em relação às filhas até ficarem velhas de mais para ter ciúmes da mocidade. Estás para Justine como eu estive para ti."
Efetivamente um dos grandes paradigmas desta história são as relações mães e filhas. Uma história povoada de homens, com 3 personagens centrais femininas. Fee, Meggie e Justine, e apesar da diferença de idades, as relações mãe e filha são idênticas.
Será por elas mesmo? Ou será pela intervenção, sempre de um elemento masculino em quem se deposita o seu amor? Fee teve o seu filho Frank, Meggie, o seu filho Dane.
Mas enquanto Dane não soube ser agradecido e humilde nesse amor, Dane é o melhor que existe de Meggie e do Padre Ralph.


(1954-1965 Dane)

Os filhos crescem, é assim que é feita esta história, sempre em movimento. Ainda me lembro de uma Meggie de 4 anos com uma boneca na mão, e agora já com dois filhos adultos.
Justine impetuosa, criança, desenrascada, cega para o amor. Não é uma menina de temperamento fácil, não é um ser humano com grandes capacidade para despertar nos outros grandes e nobre sentimentos. Meggie tem as suas preferências por Dane, mas nós percebemos porquê. Justine, nem sonha e isso reflete-se no seu temperamento. A menina eternamente preterida pelo irmão.
Justine também não é uma pessoa por si só dada. Dona de si mesmo, ou aparenta ser dona de si mesma, o seu principal divertimento é chocar os outros e fugir ás convenções. 
Dane e Justine não poderiam ser mais opostos do que eram;
"Conheciam-se de facto muito bem. A tendência natural dela era deplorar as falhas humanas dos outros e ignorar as suas; a tendência natural dele era compreender e perdoar as falhas humanas dos outros e não ter contemplações com as suas. Justine sentia-se incrivelmente forte; Dane sabia-se perigosamente fraco."
Mas seria mesmo assim?
Cada um seguiu o seu próprio sonho. Justine como atriz e Dane como padre. É claro que para Meggie, compreender a vocação do filho, foi um duríssimo golpe. entregar o seu filho a deus, depois de o roubar a um servo de Deus, só pode ser entendido como castigo divino, mas Meggie é igual à mãe e aprendeu acima de tudo a suportar aquilo que é preciso suportar.
Como pessoas, Fee e Meggie são personagens fortíssimas e só o facto da história se estender por tantos anos conseguimos entender isso. São tudo camadas que se sobrepõem.
A vida está cá para nos ensinar e nós estamos cá para aprender com ela. Meggie e Fee, com o correr das páginas, mostram isso mesmo, uma aprendizagem constante. A única coisa que mantém desde o inicio, a capacidade de suportar.
Dane vai para um seminário em Roma, junto do padre Ralph.
Meggie entrega inteiramente o filho onde ele pertence e Justine vai para uma companhia de teatro em Londres para estar perto do irmão. 
É nesses encontros com Dane que Justine conhece Rainer, um Alemão das relações do Padre Ralph que tem a pachorra de esperar por ela. Mas esperar o quê?
Bem, Rainer torna-se amigo de Justine porque Justine "não tinha a certeza de poder amar. Se fosse capaz, ter-se-ia, por certo descuidado uma ou duas vezes..."
São precisos 7 anos para que eles se encontrem verdadeiramente e descubram o amor um pelo outro. Rainer é sem dúvida um homem paciente e disciplinado.
Mas Dane inexplicavelmente morre afogado ao tentar salvar duas pessoas no mar da Grécia e tudo se desmorona.
Como suportar a dor de perder alguém que era o mais amado?
Como, realmente? Era isso viver?


(1965-1969 Justine)  

É curioso como uma história povoada de personagens masculinas, tem como principal motor as poucas personagens femininas.
São elas as responsáveis por esta grande história.
Fee, Meggie e por fim Justine transformam este livro um dos melhores que eu já li.

1 comentário:

  1. Mas que bela opinião! Mais um livrinho que sem dúvida iria adorar ler. E fiquei agora muito curiosa com a série, que nem sabia que existia :D

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