15 de setembro de 2020

 

O Prisioneiro do Céu - Carlos Ruiz Zafón



Fermin Romero de Torres continua a ser para mim a grande personagem desta saga do Cemitério dos Livros Esquecidos de Carlos Ruiz Zafón. E este terceiro livro é inteiramente dedicado á sua história.
O primeiro livro já tive a oportunidade de o dizer, é uma história magistral, das mais belas que eu já li. 
Fiquei encantada com Zafón logo á primeira vista e no primeiro livro.
O Jogo do Anjo, dá uma reviravolta e a história recua no tempo, e deixou-me, essa sim, um pouco baralhada. É um livro para nos enquadrarmos no tempo e no espaço e para envolvermos tudo isto como um todo. 
Procura não nos deixar demasiado relaxados no desenrolar da história.
Até aqui tinha poucas razões para considerar O Jogo do Anjo, um livro dentro desta saga, mas o Prisioneiro do Céu, veio tirar-me essa dúvida.

Com a história bem marcada, com personagens que tão bem conhecemos, com uma narrativa tão própria de Zafón foi fácil chegar ao fim do livro numa breve tarde.
Li A Sombra do Vento em Abril, e o livro tocou-me bastante. Depois em Maio, li Mariana que não faz parte desta saga, mas é um livro belíssimo, o melhor para mim de Zafón.
Em Agosto li O Jogo do Anjo e tinha decidido ler O Prisioneiro do Céu em Setembro e O Labirinto dos Espíritos no mês seguinte, mas vou lê-lo já de seguida. A história assim o exige. Não posso deixar Daniel Sempere e Fermin Romero de Torres à minha espera.
Em O Prisioneiro do Céu a história fica em aberto, como que a convidar-nos para o que vem já a seguir.

Fermin volta a ser uma personagem completa e apaixonante e abre o caminho para o que poderá aí vir, ao contar a história da sua prisão no ano de 1939, em plena guerra civil em Espanha.
Descobrimos uma Barcelona despedaçada por uma guerra e Fermin conta-nos suavemente o caminho tenebroso que percorreu na cadeia, até ao colapsar da sua identidade. Lá conheceu Salgado que roubou uma fortuna em jóias e que é torturado e aliviado de partes do seu corpo, mas que não conta onde guardou o saque.
Lá encontra um médico que ficou preso por questões ideológicas e que não quer denunciar os seus colegas de profissão.
Lá trava amizade com o escritor David Martin que foi preso acusado de assassinar o amigo e a mulher.
Lembram-se quem é David Martin? 
Da prisão foge tal como o Conde de Monte Cristo de Alexandre Dumas, com a ajuda de David Martin que apenas lhe pede para proteger Isabella e o seu filho, Daniel Sempere.
O resto meus amigos não vos vou contar, só vós digo que vale muito a pena!



 


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