A CULPA É DAS ESTRELAS - JOHN GREEN
" Muito perto da genialidade... simplesmente devastador"
Que vos posso dizer, é puro e duro, e sim! devastador.
Quando escrevi esta frase ia a cerca de 1/3 do livro, e a palavra que melhor definia o livro era puro.
Puros como sós os jovens de 17 anos podem ser, se quiserem ser.
Esta pureza é descrita de forma mais simples possível. É a história entre estes dois jovens adolescentes que atravessam o drama do Cancro.
Augustus já teve Cancro, e ficou sem uma perna mas agora está bem.
Hazel, com Cancro nos pulmões, nunca pode dizer-se curada, mas vai vivendo cada dia o melhor possível.
O fim de tudo isto pode estar próximo ou não, mas para Augustus, isso verdadeiramente não importa.
Até ao encontro dos dois, o livro não me despertou grande interesse. A linguagem do livro não é propriamente a que mais me seduz.
Destaco o dialogo entre os dois genial. Tão simples, tão puro, tão carregado de matéria.
A disponibilidade que cada um tinha para o outro. É simplesmente devastador!
Hazel tem uma recaída e passa algum tempo nos Cuidados Intensivos. Esta perspetiva faz-me acreditar que a história irá tender para um final previsível.
Augustus gasta o seu "Desejo", numa viagem à Holanda para os dois conhecerem o escritor Americano de um livro que Hazel lê repetidamente e que dá a Augustus para ler.
Esse livro é o motor de busca deste próprio livro. Um livro que conta a história de uma menina que teve Cancro e conta em diário o seu dia-a-dia. No entanto a história não tem final e acaba abruptamente como acaba a vida de alguém.
O grande desejo de Hazel é descobrir esse fim, o meu grande desejo seria que este livro " A Culpa é das Estrelas", tivesse um fim sem fim, um fim que eu pudesse escolher o que fazer ás personagens. Não foi.
Ok. Não vou dizer que não fui um pouco pretensiosa ao ler este livro.
John Green é um nome da literatura que como a própria cada indica "não é apenas um autor: É uma vedeta multimédia que se apresenta perante auditórios de mil lugares de fãs aos gritos."
È sem dúvida um livro devastador pela riqueza das duas personagens. É um livro devastador por tudo aquilo que a vida/morte faz com elas.
Depois da viagem à Holanda e depois de Augusto revelar que afinal ele não estava assim tão bem e que provavelmente morrerá primeiro que Hazel, confesso que o livro tornou-se penoso para mim de ler.
Perdeu o brilho e o meu grande significado da história. Sublinho "o meu".
Acho que eu não estava preparada para este desfecho.
Qual era o desfecho que eu esperava? Aquele que referi em cima. Esperava um livro interruptivo em determinado caminho dos dois em que eu e qualquer leitor pudesse decidir.
Digam lá!! Isso é pura vaidade exagerada da minha parte certo?
Seja como for, por mais perdida que tenha andado por a história não ter tomado o rumo que eu queria (Pois é! A grande realidade é essa!!), não quero deixar de dizer que as últimas páginas encontraram o meu caminho.
"A Hazel é diferente. Ela caminha com leveza, velhote. Caminha com leveza sobre a terra. A Hazel sabe a verdade: Somos tão capazes de magoar o Universo como de o ajudar, e não é provável que façamos qualquer uma das coisas...
Em primeiro lugar não faças mal.
Seja como for, os verdadeiros heróis não são as pessoas que fazem coisas: os verdadeiros heróis são as pessoas que REPARAM nas coisas, que prestam atenção."
Para remoer, por favor!
P.S - É o primeiro livro de 2021, e também um livro bastante contraditório para mim. Não teve o efeito "espetacular" que a sua 19º edição cheia de sucesso, deixava transparecer, mas, todavia, contudo, porém, não posso dizer que não gostei.
Gostei muito de Hazel e Augustus. São personagens emocionalmente tão fortes e puras que me põem a um canto!
E é também para isso que serve um livro. Para nos pôr a um canto!
Já li vários livros do John Green e sinceramente não é autor que me convença muito. Gostei mais do filme do que do livro A Culpa É das Estrelas, sinceramente.
ResponderEliminarÉ a primeira vez que li John Green e gostei q.b.
ResponderEliminarEstou a fazer conta de ver o filme...
Livro meio pesadito para começar o ano.. Mas é daqueles que nos dá aquele abanão que precisamos de vez em quando.
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